2012/06/28

Freud explica

Agora que Portugal foi eliminado do Euro, após semanas em que o sentimento dos portugueses alternou entre a descrença, a esperança e a ilusão, é sempre reconfortante ouvir os treinadores de bancada opinar sobre a grande prestação da equipa portuguesa. Uma vez mais, ganhámos moralmente: não jogámos melhor do que a Espanha, mas merecíamos ganhar nos 90 minutos, pesem os 30 minutos de tempo extra onde os espanhóis podiam ter acabado com o jogo. Os penalties, são um capítulo à parte. Há quem lhe chame lotaria, azar ou destino. Obviamente, é preciso algum sangue-frio e isso os espanhóis tiveram-no. Tão simples como isto. Também não lembra a ninguém pôr o João Moutinho a marcar o primeiro penalti e deixar o Ronaldo para o fim. Sobre a prestação do "melhor jogador" do Mundo, as opiniões dividem-se: uns acham que esteve bem, outros que só às vezes e há quem ache que, na selecção, ele não rende tanto como nos clubes que representa. Uma das explicações para este facto, poderá ter a ver com a "ansiedade" que sempre demonstra nos jogos da "nossa" equipa. De acordo com uma opinião (imagino que de um treinador de divã) a "ansiedade" que caracteriza Ronaldo nos jogos da selecção, poderá ter a ver com uma infância infeliz e a falta de uma verdadeira mãe quando era criança (!?). Por isso, devemos compreendê-lo. Desta, confesso, nunca me tinha lembrado.

2 comentários:

Carlos A. Augusto disse...

O futebol é um mundo sinistro, aqui e em toda a parte. Não dá sequer para o olhar com alguma benvolência porque ele espelha bem a podridão deste sistema em que vivemos e, em particular, a podridão que vai neste país.
Olho para este post e vejo precisamente ao lado o quadro que o Face passou a publicar desde há dias do Movimento Sem Emprego, com os dados do desemprego e outros, actualizados ao segundo. Hoje estão contabilizados, até este momento, mais 784 desempregados. Dizem-me (não vi nem confirmei os números) que, entre a Delphi e um call center da zona, foram para a rua 700 trabalhadores na zona de Castelo Branco. Ainda bem que o Álvaro foi à Covilhã...

Rui Mota disse...

Sim, na Covilhá, acontecem coisas estranhas. Foi na Covilhá que começou o despedimento do Carlos Queiroz. Se a moda pega!...