A página do Facebook chamada Truques da Imprensa Portuguesa (TIP) é paragem obrigatória e a sua leitura é sempre um exercício feito com enorme prazer.
É um verdadeiro serviço público este que nos é prestado.
O acervo do TIP deveria ser leitura recomendada para qualquer estudante de comunicação e referência para todos os actuais jornalistas.
Um subdirector do Público decidiu publicar na sua página do FB a identidade dos administradores do TIP, nunca divulgada por razões que agora se percebem. Fá-lo em termos reveladores, usando uma linguagem pidesca, que faz lembrar um período que a criatura, quase de certeza, não viveu, mas cujos métodos então empregues parece ter herdado, revelando nesta "denúncia" saber servir-se deles na perfeição.
Significativo é o facto de a página do TIP no Facebook ter seguramente mais seguidores que a tiragem do Público. E significativo é também o facto de, no post onde é feita a "denúncia", ter sido colocado um esclarecimento (feito em termos bastante dignos e correctos, que contrasta fortemente com a linguagem trauliteira usada pela "denunciante") de um dos administradores do TIP, que tem 5 vezes (pelos menos tinha há umas horas...) mais likes que a própria "denúncia".
O Público — que eu deixei de ler e, posteriormente, de seguir no FB há muito — e os restantes monos da imprensa portuguesa, não se devem admirar quando vêem fugir-lhes público. Devem antes perguntar-se, com toda a humildade, por que razão páginas como Truques da Imprensa Portuguesa interessam tantos seguidores.
Por que diabo tanta gente quer descobrir os truques da imprensa portuguesa? Por que será...?
3 comentários:
Permito-me partilhar a sua crónica (?) pois não posso estar mais de acordo com o que nela manifesta. Se lhe parecer abusivo agradeço que me informe e retirá-la ei de imediato. Grato. H. Tabot
Sem qualquer problema. Fico grato.
Não há "truques" na imprensa portuguesa: há 3 ou 4 empresas que controlam a informação e, como necessitam do dinheiro da publicidade (nenhum jornal vive da informação), mantêm os jornalistas na dependência financeira ou alugam jornaleiros à peça, o que vai dar no mesmo. É uma tendência que já tem uns anos e vai piorar, pois o dinheiro está todo do mesmo lado. Restam as redes sociais. Até ver...
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