2007/06/17

Mário Lino tinha razão!

Segundo a Agência Espacial Europeia (AEE), citada pelo Público, "Portugal é um dos três países mais desertificados da Europa." A conclusão --revelada no dia em que se assinala o Dia Mundial da Desertificação e da Seca-- surge no âmbito de um projecto chamado Desert Watch, promovido pela AEE em conjunto com a Convenção das Nações Unidas para a Luta contra a Desertificação (UNCCD).
Olhando, de facto, para o que se vai passando por aí, olhando os Apitos, os donativos feitos pelo Jacinto Capelo, o Berardo opado, o Charrua, o presidente-sacerdote e a DREN, a CML e o Inglês Técnico do senhor primeiro ministro (lembram-se? Se calhar já não se lembram...) percebemos, finalmente, o verdadeiro alcance deste conceito, a desertificação, e a justeza do alerta da AEE: "a desertificação é, um processo de degradação da terra induzido parcialmente pela actividade humana, [que] põe em risco a saúde e o bem-estar de (...) milhões de pessoas."
É que não é só a margem sul! Afinal é o país todo que se transformou num deserto! A apreciação do ministro Mário Lino parece, pois, pecar apenas por defeito.
E somos levados a concluir que não se trata sequer de um problema do domínio da física. Eu, por mim, sugiro que a AEE e a UNCCD juntem à equipa multidisciplinar que trabalha no projecto Desert Watch especialistas em saúde mental para observar o caso português...

2 comentários:

Rui Mota disse...

Bom post"!
Isto, a que alguns continuam insistentemente a chamar um país, não tem de facto conserto.
Há sempre uma hipótese: fechar o território e transformá-lo em museu ao ar livre. Até podiam ser cobrados bilhetes. Dessa forma, os vindouros ficavam com uma idéia do deserto europeu no século XXI...

Carlos A. Augusto disse...

A ideia de transformar isto num museu parece-me excelente.
Mas, que não fique sob a alçada do Instituto Português dos Museus...